A Comissão de Literatura e Publicações da 1ª Conferência de Serviços Gerais realizada em Recife (PE) em 1977 apresentou, e o plenário aprovou, a proposta nº 8, que diz: “Consideramos oportuno que Alcoólicos Anônimos no Brasil possua a sua Revista, a exemplo de “Grapevine” e “El Mensaje”. Para concretizar este objetivo, recomendou-se aos Delegados do RJ que elaborassem um projeto, com análise de custos e possibilidade de implantação de uma nova entidade de A.A. no Brasil, para ser debatida na próxima Conferência de Serviços Gerais”.
Na 8ª CSG, realizada em Blumenau (SC) em 1984, a mesma Comissão reiterou e o plenário aprovou por unanimidade a proposta nº 2, que: “Reitera a criação, urgente, da Revista Brasileira de Alcoólicos Anônimos, no sentido de canalizar proveitosamente a criatividade dos AAs. Aprovada por unanimidade”.
Assim, a Junta de Custódios, durante a 2ª Reunião de Serviço Nacional realizada em Baependi (MG) entre os dias 17 e 19 de agosto de 1985, achou por bem prover a Irmandade de um veículo de informação à altura dos nossos anseios, que pudesse consolidar nossa mensagem de esperança junto aos seus membros e transpor horizontes, apresentando, de maneira sóbria e consistente, a Irmandade a profissionais liberais, religiosos, mestres da educação, empresários e tantas outras pessoas de boa vontade. Por sugestão dos Comitês, inclusive os recém-oficializados Comitês de Finanças e de Literatura e também para comemorar o Cinquentenário Mundial da Irmandade naquele ano, elegeu-se então uma diretoria e foi autorizada a edição experimental da Revista Brasileira de Alcoólicos Anônimos.
O número “Zero”, marco inicial da revista, foi publicado em novembro do mesmo ano, em Campo Grande (MS), por ocasião do Seminário da Região Centro-Oeste. A partir do nº 2, a revista passou a ser editada e produzida em Brasília (DF), onde ficou aproximadamente durante dois anos e adquiriu um formato bem menor, quase de bolso, ganhando o nome de Vivência, escolhido entre diversos outros sugeridos, além de instituir-se a assinatura anual. Após esse período, no qual a revista crescia, sua produção passou a ser feita em Fortaleza (CE), onde foi editada, produzida e distribuída com sucesso até 1993, quando, incorporando de algum modo nossas diversidades culturais locais, foi definitivamente transferida para a sede da Junaab em São Paulo (SP).
A partir da 1ª edição do ano de 1994, a Vivência passou a ser publicada a cada dois meses. A “assinatura cortesia” foi apresentada pela primeira vez no Editorial da Revista nº 33, que também trazia um cupom de “cortesia” impresso em suas páginas. Até a revisão do Manual de Serviços ocorrida em 1995, quando foram reformulados os Estatutos da Junaab, a Vivência manteve-se como empresa separada, com Diretoria própria, assim como ocorria com o extinto CLAAB. Após essa revisão estatutária, os três órgãos de serviços da Junaab fundiram-se numa única empresa e a revista passou a ser responsabilidade de um novo Comitê da Junta — o Comitê de Publicações Periódicas (CPP) — responsável também pela publicação dos boletins “BOB Mural” e “JUNAAB Informa“.
Atualmente (2016) mantém periodicidade bimestral e sua tiragem média é de 10.000 exemplares. Diversos membros de A.A. — companheiras e companheiros voluntários — têm estado à frente da produção da Vivência, sempre emprestando a ela seu carinho e sua competência profissional, buscando dar um passo à frente a cada edição, de forma a apresentar harmonia e qualidade editorial condizente com consistência da mensagem que se propõe a levar.
CAHist – Comitê de Arquivos Históricos da Junaab
Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos do Brasil – JUNAAB
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